Antes que o dia termine, um contingente razoável de mulheres não tem nada a comemorar neste 08 de março de 2.021. Além da pandemia do Coro...
Antes que o dia termine, um
contingente razoável de mulheres não tem nada a comemorar neste 08 de março de
2.021. Além da pandemia do Corona Vírus que assombra o mundo e coloca o Estado
de Mato Grosso com números alarmantes de pessoas contaminadas com o vírus da Covid-19,
esse ‘ficar em casa’ necessário para evitar a disseminação do vírus causa uma
situação não menos endêmica – a violência doméstica.
Os números que não eram baixos,
só aumentam com a necessidade da convivência cotidiana das famílias como medida
saneadora diante do grave cenário da pandemia, estabelece um clima de “guerra
familiar”, onde a violência apresenta números crescentes na relação
homem/mulher.
Nas comarcas estão os casos de
desagregação e violência familiar, onde os homens atacam as mulheres e onde os
desacertos terminam em agressões, sejam físicas ou verbais. E o fenômeno,
negativo, ocorre em todas as camadas sociais, com pessoas das mais diferentes
atividades profissionais, sejam políticos, agentes policiais, agentes públicos
em nível municipal, estadual e federal, profissionais liberais e outros.
Nas redes sociais, ainda que
timidamente, as informações são expostas sobre agressão familiar, mas há as relações
onde a violência aparece camuflada e raramente se vê fatos relacionados a vereadores
agressivos, policiais violentos que agridem a esposa, empresários que surram
parceiras.
Enfim, comemorar o quê, quando nas
periferias ocorrem situações graves de violência doméstica acionada pelo uso
das drogas, lícitas e ilícitas.
São esses dados que precisam
ser acessados através das comarcas onde tramitam dezenas e dezenas de ações
judiciais, não acessíveis aos que não pesquisam e ignoram os números da violência
doméstica que só aumentam nestes estressantes dias de pandemia da Covid-19.
O medo, a vergonha, a pressão
econômica e outros meios de opressão nos meios familiares são fatores que
contribuem para a camuflagem dos dados, muito mais elevados em relação ao que
permeia na justiça, em que pese a Lei Maria da Penha. (Foto: Reprodução)