Enquanto o pais, através das suas autoridades políticas se empenham na formação de alianças políticas para as eleições de 2022, um dos mai...
Enquanto o pais, através das suas autoridades políticas se
empenham na formação de alianças políticas para as eleições de 2022, um dos
maiores problemas que o país pode enfrentar nos próximos será a evasão escolar.
Um desastre para um país que já vive a tragédia da pandemia e
todas as consequências desse mal que atinge, principalmente, a economia, a
forte tendência de que os males da Covid-19 se abaterão sobre a educação
brasileira que já não era das melhores na graduação mundial.
Num país onde a política está acima do bem e do mal, com um
Judiciário eivado de vícios e carcomido pela defasagem dos seus elementos de
proa e leis tão antigas quanto seus decanos, o vislumbre é o de que ainda vai
levar outras décadas para que a educação brasileira se livre do vírus do
atraso.
Onde a educação é relegada a planos inferiores, é certo que a
pobreza mora no quarto ao lado, separados apenas pelo biombo que demarca o
pouco saber e a miséria que predomina nas grandes, pequenas e médias cidades
brasileiras.
O auxílio emergencial é meramente uma esmola que apenas momentaneamente
representa uma solução, mas o país terá que se reinventar no sentido de criar
alternativas para combater a evasão escolar, caminho de mão única para que a
sociedade brasileira encurte o caminho entre a pobreza literal em um território
em que os ricos ficam mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.
E como alterar esse cenário onde os professores são
maltratados, da mesma forma com que outro grupo de educadores só olham para o
próprio umbigo e não querem ir para a sala de aula, apostando mais na greve que
no avanço da educação.
Em tempos de pandemia é que fica patenteado o atraso da
educação quando o assunto envolve a tecnologia e a ferramenta digital, ainda
inacessível para a maioria absoluta da classe estudantil.
Um país de miseráveis, que não investe em educação, menos
ainda em pesquisa e onde a tecnologia está longe das periferias, a evasão
escolar é um novo vírus a ser combatido pelos governantes na esfera federal,
principalmente.
Mas como, se as atenções estão voltadas apenas para o
continuísmo no poder? Se já havia evasão escolar, ela tende a se acentuar daqui
pra frente, levando anos e anos para que se recupere os danos causados pela
pandemia onde a educação é tratada com sedativos que tem como princípio ativo o
engodo.