Até onde vai esse propósito moralizador do grupo de sete vereadores eleitos e empossados em Rosário Oeste ? Tomaram posse literalmente do ...
Até onde vai esse propósito moralizador
do grupo de sete vereadores eleitos e empossados em Rosário Oeste ? Tomaram
posse literalmente do Poder Legislativo e a título de moralidade excluíram os
demais vereadores, alijando quatro nomes do processo legislativo.
Ficaram de fora os vereadores Benvino Pereira de Almeida (DEM), Marta (Solidariedade), Carlos Cesar Ribeiro (PL) e Zé Cabeludo (PL). De outro lado, o denominado G-7, chega para moralizar a política local, tomando conta do poder, com Amilson da Distribuidora (Solidariedade) Tico Nazário (PTB); Flavio Loureiro (PSC); Ademir (MDB); George Ribeiro (PSC); Alexandre do Bauxi (PSB) e Vanuzia (MDB - foto: reprodução).
Não está em questão as qualidades
pessoais de cada um dos vereadores que integram o G-7, mas o equilíbrio
político e a governabilidade, não levando em conta também que os poderes
necessitam de harmonia. Até onde esse grupo vai contribuir para a
governabilidade do prefeito Alex Steves Berto (PSDB)?
O vereador Ademir (MDB), eleito com boa
votação na região do Marzagão, vai conseguir levar as tão sonhadas melhorias
para aquela região, principalmente no setor viário? O Ademir tem um histórico
nada convincente de chefe do parque ambiental naquela região, com uso de
veículos da Sema que serão avaliados pela comunidade.
Alexandre do Bauxi já foi vereador e Flávio
Loureiro também já esteve lado a lado com Benvino Pereira de Almeida. Fato novo
mesmo é o Amilson da Distribuidora que vai ter a oportunidade de manter a paz e
o equilíbrio no Parlamento.
O chefe do Executivo, Alex Steves Berto,
terá a tranqüilidade necessária para atuar em um terreno que conhece pouco?
O Legislativo, a partir da Mesa Diretora,
terá independência em relação ao Executivo? Caso tenha a independência, as
correntes políticas diversas manterão o equilíbrio de forças sem precisar do
apoio dos excluídos?
Esse primeiro ano será de experiência
para se saber até onde os vereadores estarão preparados para colocar o
município de Rosário Oeste no caminho tão desejado pela sua população que vê o
progresso passando ao lado e não consegue sair desse processo letárgico em que
está mergulhado há décadas.
Rosário Oeste, o município, está travado
e cercado de elefantes brancos por todos os lados. Senão, avaliem quem ou quais
as pessoas que tomaram dinheiro emprestado da Sudam para a implantação daquela
fábrica de farinha, Maru, à margem da rodovia federal BR 163/364.
Conheça os nomes daqueles que se fantasiaram
de engenheiro agrônomo e cederam seus nomes para a manobra espúria de tomar
dinheiro público para financiamento de um empreendimento que nunca saiu do
papel. A moralização começa por aí.
Depois vem a verde esperança que já
amarelou com o tempo, o frigorífico implantado à margem da MT-010, que só tem a
estrutura física e nunca abateu nada ali. Abatida, mesmo, só a esperança da
geração de emprego e renda para o município de Rosário Oeste.
Rosário Oeste vai precisar de muito mais
que meras boas intenções de um grupo político tão sonhador quanto o povo da
terra, que sobrevive à custa do talento individual de cada um e de uma
população envelhecida, cansada de esperar pelo progresso que cruza o território
local sem se demorar por ali.
E viva o G-7, que pode ser bom enquanto
durar. O prefeito Alex Steves Berto que se prepare para dias difíceis no
exercício de um mandato pelo qual tanto lutou e que pode ter muito mais pedras
no caminho com essa meia dúzia e um pouco mais de vereadores tomados pelo
êxtase de chegarem ao poder tão igual aos excluídos, através do voto popular.
Ao povo, a paciência necessária para ver
quais conseqüências trarão esse bloco dos sete moralizadores sob os perplexos
olhares dos excluídos e do novo prefeito que teve uma mãozinha daquele que o
derrotou por duas vezes consecutivas.
Mas, Rosário Oeste finalmente deslanchará
para um bom caminho ou ficará preso às correntes do passado? A segregação não é
um bom sinal.